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Tucura: pesquisa expande horizontes da raça pantaneira
Boi panteneiro recebe novos incentivos para pesquisa e pode criar novo nicho mercadológico de carnes especiais
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Pedro Zuazo
16/08/2010

O bovino pantaneiro conhecido como tucura foi criado no Pantanal até a década de 1950. Com a introdução de raças melhoradas mais produtivas, entretanto, ele perdeu espaço nos criatórios da região. Para reverter o quadro e mostrar as vantagens do tucura como uma opção de recurso genético, a Embrapa Pantanal cria novas propostas de pesquisa e aposta no surgimento de um novo nicho mercadológico.

O tucura é um animal taurino, descendente de bovinos trazidos da Europa na época da colonização.Tem como principal característica a adaptabilidade e a resistência às intempéries ambientais da região pantaneira. A raça, pesquisada pela Embrapa há 20 anos, sofreu apenas o processo de seleção natural e nunca foi melhorada para uma produção especializada.

Uma das propostas de pesquisa da Embrapa Pantanal gira justamente em torno do melhoramento genético da raça através do cruzamento com animais de raças comerciais. A ideia é travar parcerias com criatórios particulares e tentar criar novas formas de utilização da raça, promovendo o cruzamento com o nelore, que é a melhor raça de rebanho comercial no Brasil. Uma pesquisa nesse sentido teria como objetivo verificar se o tucura melhorado pode imprimir nas suas produções a qualidade de carne e carcaça desejados.

Além do cruzamento com raças comerciais, a Embrapa tem a proposta de verificar se o potencial de qualidade de carne e carcaça que existe no taurino original pode ser encontrado no animal naturalizado.

— A gente sabe que o bovino europeu, Bos taurus, tem qualidade de carne e carcaça peculiar à sua espécie: a maciez, o marmoreio, o sabor. E queremos saber se isso ocorre também nas raças naturalizadas que são descendentes desses animais, o que poderá ser um ponto favorável para utilizá-los — explica a médica veterinária Raquel Soares Juliano, da Embrapa Pantanal.

Mas a raça tucura ainda apresenta uma série de dificuldades para os produtores. Uma delas é o fato de o bovino não atender às exigências do mercado frigorífico convencional por apresentar menor peso ao abate. Além disso, o plantel nacional não conta com animais em volume suficiente para fazer uma grande comercialização do produto dessa carne, então se faz necessária a criação de um novo nicho mercadológico.

Apesar das dificuldades, a raça apresenta também promissoras perspectivas. Os produtores que investirem na conservação desse recurso genético terão a possibilidade de desenvolver um processo de melhoramento a partir do material genético bruto, o que gera a perspectiva de conseguir carne de alta qualidade.

— A partir dos resultados que teremos de qualidade de carne e carcaça, será a confirmação de que o bovino pantaneiro tem essa aptidão para ser desenvolvido e melhorado. Há perspectiva de que o criador possa oferecer ao mercado uma carne com indicação geográfica ou uma carne com cortes especiais. Então, apesar de não ser apto hoje ao rebanho comercial que nós temos, como são as raças zebuínas, apresenta possibilidades interessantes — aposta Raquel.
 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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